segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Na estação



Nunca fui bom para falar de mim,
percebo hoje, o porquê de ser assim
há correntes invisíveis nos meus pés
elas fazem,que eu não possa te seguir

Não pense, que invento tudo isso
evitando assumir todos os riscos
Saiba, tenho sofrido esses dias,
sangro a cada frase sua de ironia

Juro, me esforcei para conseguir
por isso, a insistência nesse plano
Só temo que amanhã você acredite
que a vida que tivemos foi um engano

Eu sei, é inevitável sua partida
pois comigo projetou uma nova vida
acho justo, que tu queira começar
mesmo eu, não assumindo meu lugar

Por ser covarde, seguro agora essa caneta
minhas lágrimas que marcam toda a seda
não poderiam jamais lavar sua humilhação
por eu tê-la deixado, esperando na estação

Eu quero ir!
Mas, não posso.
Eu quero ir!
Não consigo.
Eu quero ir!
Há correntes.
Eu quero ir!
Meu martírio



Jaque de Barro´s